Governo anuncia R$ 194,3 bilhões para o Plano Safra de 2018/2019
Plano Safra 2018/2019 terá mais de R$ 194 bilhões e juros menores governo federal anunciou nesta quarta-feira (6), durante cerimônia no Palácio do Planalto com a presença do presidente Michel Temer, a liberação de R$ 194,3 bilhões para o Plano Safra 2018/19.
O plano é uma linha de crédito para o médio e grande produtor. Na safra passada (2017/18), o governo anunciou a liberação de R$ 190,25 bilhões.
Segundo o Ministério da Agricultura, os recursos estarão à disposição dos produtores entre 1º de julho deste ano e 30 de junho de 2019. Do total de recursos destinados ao Plano Safra, R$ 191,1 bilhões é para crédito rural.
Os R$ 194,3 bilhões tiveram a seguinte divisão:
R$ 151,1 bilhões em crédito para custeio
R$ 40 bilhões em crédito para investimentos
R$ 2,6 bilhões para o apoio à comercialização
R$ 600 milhões para subvenção ao seguro rural
De acordo com o Ministério da Agricultura, o Plano Safra terá juros menores na comparação com a safra passada.
Os juros para 2018/19 serão de 6% ao ano para os médios produtores (com renda bruta anual de até R$ 2 milhões) e de 7% ao ano para os demais produtores. As taxas para os financiamentos de investimento ficarão entre 5,25% e 7,5% ao ano.
Parte dos recursos captados em Letras de Crédito do Agronegócio será utilizada no financiamento complementar de custeio e de comercialização, com juros de até 8,5% ao ano.
O ministério ainda informou que uma das novidades do Plano Safra é a entrada da piscicultura integrada nos financiamentos de custeio, com juros de 7% ao ano. O setor de criação de peixes terá um apoio de R$ 200 mil por criador.
Frete
Apesar de elogiar o plano divulgado pelo governo, o presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins Júnior, afirmou que o tabelamento do frete “em princípio nos causa apreensão” no setor.
A ANTT publicou uma tabela com valores mínimos para o frete. O tabelamento fez parte das negociações do governo federal para encerrar a greve dos caminhoneiros.
O tabelamento tem enfrentado críticas dos setores produtivos, principalmente do setor agrícola e industrial.
Ainda sobre a greve dos caminhoneiros, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, não citou o tabelamento de frete, mas disse o governo tem condições de remanejar recursos do Plano Safra para oferecer mais ajuda para setores que foram mais afetados pela greve, como o de criação de aves e suínos.
Fonte: G1.com